A condição humana é
realmente uma condição difícil: o sujeito não sabe de onde veio, não sabe pra
onde vai, não sabe o que ta fazendo aqui, não sabe por quanto tempo vai ficar
aqui, em resumo: é um desamparado total, um insignificante. Basta ir a praia
olhar pro céu e perguntar pras estrelas: quanto eu valho? Nada! Quase nada!
Talvez valha um grão de areia, cosmicamente falando. Em suma: cosmicamente o sujeito
não vale nada. Talvez por não valer muita coisa o sujeito seja tão fascinado em
valer um pouquinho a mais que os outros.
Gualter Rocha
Administração, negócios, filosofia, comportamento, informações e notícias
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
domingo, 4 de janeiro de 2015
Marketing de incentivo
Não é de hoje que a indústria farmacêutica “incentiva”
médicos e parceiros a prescreverem produtos e serviços dos fabricantes. É desde
sempre. A experiência é questionável em seu plano teórico. Na prática
aberrações acontecem em nome da visão egocêntrica comum do sistema que orienta
seu funcionamento desde o início da carreira médica, com visitações ainda em
hospitais universitários e distribuição de “pequenos agradados” aos estudantes
com a finalidade de transmitir mensagens subliminares das marcas aos futuros
doutores que um dia terão o poder da caneta em suas mãos. Quanto aos hospitais
a lógica é a mesma. Minha “pós-graduação” de 17.520 horas por alguns hospitais
da região me permite afirmar tranquilamente que planos de saúde são seriamente
impactados com a indicação desnecessária de serviços a serem utilizados pelos
pacientes sem que, em muitos casos, haja necessidade real.
domingo, 14 de dezembro de 2014
A história não perdoa
Não sei o que poderá restar de Lula após esse processo lento,
gradual e irreversível de desconstrução de sua imagem e história. Sua saúde
talvez não mais possa permitir energia para se defender. Seus defensores gastam forças tentando se defender do que defender a reputação do
ex-presidente. Algo deu muito errado. Era para ser um governo muito melhor do
que os anteriores. Mas a cede de poder, a ganância, a ideologia, a má gestão, o
aparelhamento político, o descontrole, o populismo, o assistencialismo
político, dentre tantas outras catástrofes no padrão de governança levarão, a
esse particular momento da história do Brasil, a ser compreendido como um
retrocesso.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Civismo em falta
Numa sociedade em que grande parte das pessoas
fogem da reunião de seu condomínio, de sua comunidade porque simplesmente acham
uma função inócua o que dizer de compromissos maiores e agendas mais públicas como
as do seu bairro ou da sua rua? A pesquisa de Robert Putnam, feita ao longo de
25 anos na Itália, concluiu que a região Norte daquele país é mais desenvolvida
do que a do Sul, fundamentalmente porque o grau de civismo dos habitantes do
norte conduz ao melhor desempenho das respectivas instituições governamentais
e, conseqüentemente, ao seu melhor desempenho. A participação cívica, em que a
cidadania se caracteriza primeiramente pela participação dos negócios públicos;
a igualdade política, em que a sociedade se matem unidade por relações
horizontais de reciprocidade e cooperação e não por relações de autoridade e
dependência; solidariedade, tolerância e confiança que significam e pressupõe
cidadãos virtuosos, prestativos respeitosos e íntegros uns com os outros e; o associativismo
que contribui para a estabilidade do governo democrático são bases e
características de uma comunidade cívica. O Brasil precisa se libertar do medo.
O sebastianismo português
Aécio não
salvará o Brasil. Nem Lula, nem Dilma. Não existirá um novo Dom Sebastião. Essa
herança lusitana de algum messias, algum “salvador da pátria” desça do Olimpo e
resolva os problemas da população é fantasia. É preciso parar de esperar por um
milagre sobrenatural.
Coronel pós-moderno
“Completamente
analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas,
nas quais se limitava a ver as figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos
esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. E é dele, na verdade, que
recebe os únicos favores que sua obscura existência conhece”. Victor Nunes
Leal, na obra Coronelismo, enxada e voto de 1975.
O medo
O discurso
do medo é uma excelente ferramenta de captação de mentes atormentadas pela
pobreza e pela miséria social, pela ausência de um processo educacional que
ajude o ser humano em seu desenvolvimento holístico enquanto ser social e
político
Assinar:
Postagens (Atom)